segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CHORA, ME LIGA, IMPLORA MEU BEIJO DE NOVO!!!

http://www.youtube.com/watch?v=cqUaJ6aKXyg&feature=related

sábado, 7 de novembro de 2009

Mulheres Maduras

um textinho alheio para animar um pouco...

MULHERES MADURAS
(Maurício Cintrão - jornalista e cronista)

O tempo passa e as mulheres maduras continuam me encantando. Aliás, o encantamento é cada vez maior. Essa coisa de menininha bonitinha é para quem tem energia demais para desperdiçar. Prefiro o manejo racional de recursos. Mais do que isso, já estou na fase de pensar na preservação das minhas espécies em extinção.

Não sou a Mata Atlântica, e já não tenho aquela lenha toda. Depois de uma certa idade, a gente deixa de lado o interesse superficial. Beleza continua sendo fundamental. Mas precisa ter aquele olhar da experiência, da loba. Precisa ter conteúdo. E isso só o tempo traz.

É por essas e por outras que sou mais a Ana Maria Braga do que a Daniella Cicarelli. Eu sei, eu sei. Muitos dos meus amigos vão dizer que só falo isso porque estou longe das duas. Porque, se pudesse escolher, eu preferiria a VJ modeladinha à apresentadora global.

Pois eu reafirmo a escolha. Na emergência, é a categoria de quem já fez que conta. Com o charme característico de quem já viveu do bom e do ruim. É uma escolha que não tem a ver apenas com a idade. Tem a ver com a maneira de enxergar o mundo.

Prefiro a mulher deslumbrante à deslumbrada. Aquela que define o parceiro pelo faro e não pelo marketing. Por exemplo, que prefira a mim e não ao Leonardo Di Caprio. E eu tenho a certeza de que não estou sozinho nessa maneira de pensar.

Veja o Gianechinni, por exemplo. Com tanta gatinha dando em cima, ele preferiu a Gaby. Belíssima escolha, aliás. Menino ajuizado e de bom gosto.Porque, nesses casos, não é preciso perder tempo explicando nada. A gente vai lá e ama o amor sem legenda, sem tecla SAP, sem dicionário.

O importante não é a roupa da moda, mas o beijo de entrega. Não interessam as bobaginhas de butique, mas a maneira de abraçar. Um olhar vale mais do que mil conversas. Uma conversa vale por uma noite de amor.

É difícil de explicar essas sutilezas para a molecadinha. Imaginem este dinossauro tentando dizer para a gatinha turbinada que é preciso criar um clima, ter luz difusa e muito beijo demorado. Não funciona, nem fazendo desenhinho. É uma questão hormonal.

Você que é mais jovem, vai entender disso no futuro. Mulher interessante tem que ter mais de 40, sem limite de idade para continuar em forma. É aquela tiazona de quem você ri agora.
É riso histérico de novato diante de uma grande verdade da natureza.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

BASTARDOS INGLÓRIOS

Estava querendo ir ao cinema há dias...
e, finalmente, fui!
sozinha, mas fui!
:)

filme ótimo! meio viajandão claro... Tarantino, o que esperar?!
mas recomendo!

A história começa na França ocupada pelos nazistas, onde Shosanna Dreyfus (Laurent) testemunha a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Christoph Waltz merecia uma crítica à parte). Após uma introdução brilhante com uma intensa conversa entre os personagens de Denis Menochet e Waltz, a jovem consegue escapar e foge para Paris, onde cria uma nova identidade como dona de cinema. Enquanto isso, também na Europa, o tenente Aldo Raine (Pitt) inferniza ao lado de seu grupo de soldados judeus os nazistas. Conhecido por seus inimigos como Os Bastardos, o esquadrão de Raine se junta à atriz alemã e agente infiltrada Bridget Von Hammersmark (Diane Kruger) em uma missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich. E os destinos convergem para o cinema onde Shosanna está planejando a sua própria vingança.

Veja os horários em PORTO ALEGRE/RS
Bastardos Inglórios
‎2h 28min‎‎ - 18 anos‎‎ - Ação‎‎ - Legendado‎
Cinesystem Total - Porto Alegre
Av. Cristovão Colombo, 545, Porto Alegre - RS, 90560-003 - Mapa
16:00 19:00
GNC Moinhos
R. Olavo Barreto Viana, 36, Porto Alegre - RS, 90570-070 - Mapa
15:20 18:20 21:15
Cinemark Bourbon Ipiranga
Av. Ipiranga, 5200, Porto Alegre - RS, 90610-000 - Mapa
14:50 18:00 21:10
Cinemark Barra Sul
Av. diario de noticias, 300, Porto Alegre - RS, 90810-080 - Mapa
13:35 16:40 19:50
Unibanco Arteplex POA
Rua Túlio de Rose, 80, Porto Alegre - RS, 91340-110 - Mapa
15:00 18:00 21:00
Cinemark Canoas
Av. Guilherme Schell, 6750, Canoas - RS, 92310-001 - Mapa
21:00

Manual do alberguista

Duas experiências em albergue... acho que já posso dar algumas dicas!
:)

experiência 1:
CURITIBA/PR

PR - Curitiba
A J ROMA HOSTEL
Endereço: Rua Barão do Rio Branco 805 - centro
Fone: ( 41 ) 32242117
Site: www.hostelroma.com.br
E-Mail: info@hostelroma.com.br


experiência 2:
SAMPA/ Capital
SP - São Paulo
AJ PRAÇA DA ÁRVORE HOSTEL
Endereço: Rua Pageú, 266
Fone: ( 11 ) 35895319
Site: www.spalbergue.com.br
E-Mail: info@spalbergue.com.br


Pq do albergue?
Bom, primeiro, maneira de economizar...
depois, afinal, é só pra dormir...
então, pq não?!
:)

Minha primeira experiência foi em quarto coletivo... no Paraná/PR
tudo ok. cama ok. banheiro coletivo ok (pelo menos dentro do quarto). colegas de quarto, até certo ponto...
estava tendo alguma coisa da educação física, congresso, sei lá, e tava cheio de gurizada...
e eu fazendo prova na cidade... pela manhã!
eu tive uma experiência pouco agradável nesse albergue... por ter ficado em quarto coletivo... fizeram uma festinha em frente ao quarto e uma das meninas ficava entrando e saindo do quarto a noite toda e uma gurizada atrás dela gritava: TEM CHICLÉÉÉÉÉÉÉÉÉ?????
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Lições aprendidas:
1. cuide seus pertences ao tomar banho... o banheiro é coletivo e não sabemos se temos mãos leves no quarto...
2. não esqueça o cadeado... e um chinelinho, claro...
3. tentar ficar em quarto individual quando viaja sozinha... de galera é legal o coletivo!


ok...
segunda tentativa...
Sampa...
tbem pra fazer prova!
desta vez, no mínimo um quarto individual...
sem banheiro no quarto, o mesmo no corredor...
fiquei no andar de baixo, tipo um subdolo... tinha dois quartos pequenos, tipo família... e um coletivo
no outro quarto estavam umas cariocas e fluminenses (pq tem diferença, claro! - assim como paulista e paulistano).
como faziam barulho! sorte q eu ficava num quarto sozinha... mas mesmo assim... que falatório!
desta vez eu sobrevivi melhor... consegui dormir o suficiente pra fazer minha prova sem dormir na mesma e sem marcar alternativas absurdas como no Paraná...

Lições aprendidas:
1. chavear sempre a porta... e cuidar ao abrir pra não fazer tanto barulho, afinal, não estamos sozinhas no albergue como as fluminenses e cariocas pensavam! (sei até que uma delas vai voltar grávida para casa, pois não consegue ir ao banheiro quando viaja... vê se eu posso ficar escutando isso as 6h da matina... ninguém merece!!!!)
2. não esqueça que vc não está sozinha no albergue... e cuide com o barulho! não tem nada mais chato do que o aviso do horário de silêncio ser das 23h às 8h e começarem a tagarelar na sua porta às 6h! ainda mais sobre gravidez intestinal!
hahahahahahha

O vale tudo emocional que vivemos nos últimos anos não é lugar para moças de família
Ivan Martins

IVAN MARTINS É editor-executivo de ÉPOCA
Michel Houellebecq é um escritor francês de péssima reputação entre as mulheres. Escreveu Partículas Elementares, livro em que lança mão de uma ciência duvidosa (a sociobiologia) para defender uma tese controversa: a de que a revolução sexual liquidou as chances de felicidade feminina.
O livro sugere que as mulheres se tornaram objetos de prazer descartáveis, que perderam o amparo que as estruturas tradicionais costumavam oferecer. Envelhecem, perdem o atrativo e a função reprodutiva e vivem à mercê dos filhos, cada vez menos respeitosos. É pessimista a não poder mais. Quem quiser ter contato com uma versão adocicada do livro pode pegar o filme nas locadoras, com o mesmo nome.
Desde a primeira vez em que tive contato com as idéias de Houllebecq elas me deixaram um gosto esquisito na boca. Por me considerar profundamente feminista, briguei silenciosamente com elas. Por ser, como o autor, um tanto pessimista, não consegui me livrar inteiramente da impressão de que as mulheres, de alguma forma, estão sendo enganadas pela história: no momento da sua maior conquista, no momento da liberdade e da igualdade de direitos, muitas se descobrem de mãos e vidas vazias.
Na semana passada aconteceram duas coisas que reforçaram meu pessimismo.
Primeiro, publicamos aqui na ÉPOCA uma reportagem perturbadora sobre infelicidade feminina. Desde 1972, ano após ano, um percentual cada vez maior de mulheres se diz infeliz com a própria vida, enquanto um número cada vez maior de homens se diz feliz com a deles. Quando a pesquisa começou, logo depois da revolução social e sexual dos anos 60, as mulheres eram muito mais felizes e esperançosas do que os homens. Agora a situação se inverteu. Pior: as mulheres ficam cada vez mais tristes à medida que envelhecem, enquanto os homens ficam mais satisfeitos.
Outra coisa que me deixou pessimista foi a conversa com uma amiga querida que já passou dos 40, tem filhos pequenos, nenhum marido e acabou de romper um namoro importante. Ela está desolada, tomada pela sensação de que as dores de amor são cada vez maiores, o tempo de recuperação é cada vez mais longo e a paixão, que viria a enterrar a dor passada, é cada vez mais rara. Os filhos dão trabalho, a vida é dura e ela já não se sente atraente como costumava ser. Eu tentei animá-la o quanto pude, mas saí da conversa mais pesado do que entrei. Pensei no livro de Houllebecq.
Hesito em escrever o que planejei escrever agora. Faltam palavras e a convicção profunda. O sentido do que eu quero dizer me parece francamente conservador, ainda assim talvez seja a coisa certa a ser dita. Talvez. Considerando, então, que as dúvidas podem ser melhores que as certezas, avancemos.
Pode ser que a revolução dos costumes tenha traído as mulheres, como sugere Houllebecq. Digo isso e me lembro, imediatamente, de mulheres bem-sucedidas e livres que eu conheço. Elas tocaram sua vida sem se lixar para preconceitos e para a tutela dos homens. Criaram seus filhos de forma não convencional. Tiveram maridos, mas nunca foram prisioneiras de casamentos. São filhas dos anos 60. Agora estão chegando aos 50 ou 60 no controle das próprias vidas. Têm dinheiro, prestígio social e familiar e "não menos importante" estão acompanhadas. São felizes, me parece. Mas talvez sejam exceções: personalidades exuberantes, talentos privilegiados que teriam dado certo em qualquer época e qualquer ambiente.
A maioria das mulheres acima de 40 que eu conheço não é assim. A maioria é gente normal, que viveu as liberdades herdadas dos anos 60 e 70 como teria vivido o conservadorismo anterior, com naturalidade. Não eram revolucionárias. Elas acreditaram na ideia da época de que poderiam ser sexualmente livres, economicamente independentes e que tinham pleno direito à felicidade. E não foi bem assim que aconteceu. O sexo escasseia quando se deixa de ser jovem e bonita. A independência econômica ainda é uma miragem para homens e mulheres. E a felicidade, agora se sabe, não é sinônimo de liberdade e igualdade. Talvez seja o contrário, o que seria muito humano.
Parte dos problemas femininos se deve ao comportamento dos homens. Antigamente, eles ficavam no casamento, ainda que não ficassem necessariamente em casa. Manter os filhos era obrigação primordial do pai. Agora os homens vão embora e frequentemente deixam às mulheres a tarefa de criar os filhos. E está tudo bem. Não dão dinheiro suficiente e nem atenção suficiente. E está tudo bem. Na cultura de "vamos ser felizes", herdada dos anos 60, que se espalhou por todas as classes sociais, a obrigação essencial de cada um é com a própria felicidade. A noção de dever e de obrigação vai se esgarçando até não significar coisa nenhuma. Lealdade (sobretudo sexual e afetiva) é uma palavra anacrônica. Vem junto com "traição" na lista daquelas que se usa entre parênteses.

Lembro de uma história exemplar que me contaram anos atrás. Está o pescador bonitão na praia, fumando um baseado com uma turista no colo, quando chega a mulher dele, completamente descontrolada. Ela berra com o sujeito que ele não tem ido pra casa, que ela e as crianças estão passando necessidade, lembra que ele é o marido dela, que ele é pai, pelo amor de Deus! Incomodado, mas sem tirar a gatinha do colo, o pescador responde à mulher: "Pô, para de me sufocar. Me deixe em paz. Eu preciso de espaço"... Nessa história tem uma mulher que chora e outra mulher sentada no colo do pescador. Além de um pescador safado.

Outra história, essa tirada de um filme: no final de "Terremoto" (de 1974), um sexagenário interpretado por Charlton Heston tem de escolhe entre salvar-se com a jovem e linda amante ou encarar a morte em companhia da mulher envelhecida (e chata) de toda a vida, interpretada por Ava Gardner no crepúsculo da sua beleza. O sujeito hesita por uma fração de segundo e mergulha para morrer com a velha companheira. Se hoje Tarantino filmasse essa cena seria chamado de exagerado. Lealdade saiu de moda.

É claro que a culpa pela infelicidade feminina não é dos homens. Nas últimas décadas as mulheres puderem fazer escolhas. Elas decidiram com quem e como gostariam de viver. Quantas vezes iriam casar ou se separar. Quando e em que circunstância seriam mães (esquecendo, por um segundo, que o aborto ainda é crime no Brasil). Se deixaram de perseguir a própria carreira (ou o sonho) com a dedicação que ela (ou ele) merecia, isso foi escolha, não imposição. Pelo menos na classe média. Se perseguiram a carreira e agora se sentem sozinhas, também isso foi resultado de escolha. O segundo filho, o casamento tedioso, a solidão apavorante: tudo decorre das escolhas. O amor que arrebata também. A família feliz também. A estabilidade. A luta na trincheira do lar. O que não é escolha é azar, como o abandono. Ou sorte, que também existe.

Assim tem vivido a minha geração. Ela fez e faz escolhas dentro daquilo que Brecht chamava de "o tempo que nos foi dado viver". E eu acho que esse tempo tem beneficiado mais os homens que as mulheres. E, dentre as mulheres, tem beneficiado mais aquelas que fizeram opções mais conservadoras. Ainda é arriscado para as mulheres viver com a liberdade dos homens. O custo dos erros e dos azares não é o mesmo. E, ao longo do tempo, vai se tornando mais alto para as mulheres. Esse é o tema de Houllebecq. Homens não engravidam e raramente ficam com os filhos. Homens viajam mais leve pela vida e pelo mundo do trabalho. Homens (ainda) não dependem tão fundamentalmente da juventude e da beleza. Usufruem mais do mundo e por mais tempo. Estão mais bem aparelhados para viver o cada-um-pra-si do planeta egoísmo.

A que isso nos leva : A uma segunda revolução dos costumes, eu acho. Na primeira, quarenta anos atrás, homens e mulheres ficaram "iguais". Na segunda, talvez a gente descubra que as mulheres "as mães dos nossos filhos" precisam de um grau adicional de proteção social, de lealdade afetiva e de celebração nas suas funções tradicionais. Sem hierarquias. Sem "ordem natural"$ masculina. Gente com poder igual, mas com necessidades diferentes.

Em 1875, descrevendo uma utopia, Karl Marx escreveu que a sociedade ideal deveria dar às pessoas de acordo com as sua necessidade e receber delas de acordo com a sua capacidade. Talvez muitas mulheres estejam dando mais do que deveriam e recebendo menos do que precisam, em vários terrenos. Talvez por isso as pesquisas mostrem que elas estão cada vez mais tristes. Talvez por isso a minha amiga esteja destroçada. A simpática barbárie de costumes em que vivemos nos últimos anos pode não ser um bom ambiente para moças de família. Ou para as moça construírem direito suas famílias.

(Ivan Martins escreve às quartas-feiras.)